Atacama e Pacífico: de Moto!: Sexto dia (30/12): San Pedro de Atacama/CHI

Ufa! Hoje não tem moto! Mesmo pra quem gosta muito, depois de 5 dias passando até 13h em cima dela um descanso é sempre bom. Decidimos aproveitar San Pedro sem usar as motocas. Afinal, chegamos no nosso destino principal e aqui vale a pena ser conhecido. Há motociclistas brasileiros que visitam os parques em suas motos, vimos alguns. Nós preferimos fechar pacotes de van com guia, assim descansamos, não perdemos tempo e nenhuma das atrações principais 'passarão batidas'.

No centro de SPA (Rua Caracoles) as coisas só acontecem a noite. De dia a cidade fica meio parada, todo mundo sai para os passeios nos tais parques que ficam no entorno. Tentamos fechar 4 pacotes, 2 para cada dia que ficaremos aqui, mas, como é reveillon e San Pedro tá lotado, não conseguimos vaga para hoje de manhã (os pacotes são ‘encaixados’ manhã e tarde, portanto dá pra fazer 2 por dia). Para nós 4, os três pacotes - um hoje e dois amanhã - ficaram em 140 mil pesos chilenos (R$700,00 ou R$175,00 para cada), fora as entradas dos parques que são pagas na hora e giram em torno de 2 a 4 mil pesos por parque (R$10,00 a R$20,00).

Então, hoje dormimos até lá pras 8h e de manhã ficamos rodando na cidade, o que foi ótimo pois precisávamos descansar. Tomamos café no mesmo restaurante do jantar (bem simples e com direito a chá de folha de coca) e almoçamos no restaurante do hotel (também simples porém honesto, o mais barato de todos que fomos: 3.800 pesos com entrada, prato principal e sobremesa, algo como R$19,00). Conhecemos a igreja de San Pedro, a única praça da cidade, etc. Depois voltamos para o hostel onde ficamos batendo papo e bebericando umas cervejas locais (lembrando que não é permitido beber na rua).

As 16h saímos de van para a ‘Laguna Cejar’, um lago no meio do deserto onde a concentração de sal é de 24%, que segundo o guia é igual a do mar morto. Lá não se consegue afundar, ainda que queiras. Apesar da profundidade, nem aquele cidadão que nada tão bem quanto um machado sem cabo tem chance de se afogar ali. Muito bacana, mas quando saímos e a água secou (rápido, pois estávamos no deserto!) nos sentimos como uma picanha prestes a ir pro espeto. Vejam as fotos...rsrs.

Dessa lagoa seguimos para os ‘Ojos del Salar’, ou Olhos do Salar, duas lagoinhas lado a lado que, em que pese estarem no meio de um deserto de sal, impressionantemente são de água doce. Pero no mucho...rsrs... Pulamos numa delas para tirar o sal da última lagoa salgada e só aí percebemos que além de gelada, a água é meio salobra e fedorenta. Tá na chuva é pra se molhar... De lá fomos ver o por do sol (tipo 21h) num grande salar, tomando um ‘Pisco Sour’ (espécie de caipirinha de pisco - a 'cachaça' de lá - que já vem pronta na garrafa) com rufles e amendoim torrado, que o motorista monta numa mesinha ao lado da van (gracejo já incluso no valor do passeio).

Chega-se tarde dos passeios, mais de 21h. Depois de um banho caprichado pra tirar o resto do sal, fomos jantar na Rua Caracoles, a 'copacabana' de San Pedro. Saímos à caça de um restaurante que aceitava cartão de crédito (pois devido ao preço de tudo por lá, já estávamos preocupados se a grana que levamos ia dar...) e comemos bem, pratos internacionais regados a cerveja atacameña, artigo local. Dormir o mais rápido possível era preciso, pois já passava da meia noite em pouco tempo (4h da matina) a van nos buscaria no hostel para o passeio do dia seguinte.

Por do sol no salar