quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Décimo quarto dia (07/01): Foz do Iguaçu/PR X Campo Mourão/PR (318,6 km)

Se toda vez que vamos a SP o Marcinho nada de braçada na Rua 25 de março, no Paraguai o camarada era mais bicho solto ainda...rs. Eu e Ilo nos limitamos a segui-lo, bem como todas suas dicas. Afinal, são várias visitas no currículo, então aqui o 'cobra coral' estava realmente no seu habitat...rsrs 

Nosso único refugo entre as dicas do amigo foi a sugestão de atravessar a ponte da amizade na garupa de um motoboy numa motoca muito suspeita, que trepava em tudo quanto é meio fio, e ainda por cima usar aqueles capacetes amarelos peçonhentos... Tô fora. De moto, a nossa já basta.  

Atravessamos a ponte a pé, o que acabou valendo a pena pelo menos para mim que não conhecia Ciudad del Este: o visual do Rio Paraná é demais! Do outro lado da ponte tumulto geral, o verdadeiro samba do crioulo doido. Vende-se de tudo, de água quente a helicóptero. Pneu de moto é uma pechincha! Impressionante que tem muita gente armada lá, até alguns seguranças de loja usando tênis, bermuda e de escopeta na mão. Mas o mais complicado continuava sendo acompanhar o Marcinho, que se esgueirava pelos becos, entrava numa loja pra 'atalhar' e sair na outra rua, etc. 

Acho que é quase impossível passar com os bolsos incólumes por Ciudad Del Este. Compramos como se estivéssemos viajando em três camionetes. Celular, relógio, tablet, máquina fotográfica, brinquedos, até retroprojetor e aquelas enormes mochilas de criança agora teriam que caber nas motos. Como aqui os celulares já 'davam área', os parentes aproveitavam pra fazer as encomendas...kkkk

Pra caber isso nos baús vou ter que mandar todas minhas roupas sujas (e até as lavadas) pelo sedex, pensei.

Voltamos ao Brasil de taxi, receosos de sermos parados e taxados já que a cota estava prá lá de estourada. Só Marcinho estava tranquilão: "não para nada...". De fato falou a voz da experiência. Passamos direto. 

Chegamos no hotel ainda sem almoço perto das 15h e até arrumar aquela tralha toda nas malas e ajeitar tudo nas motos já eram quase 17h. Com justiça nos cobraram mais meia diária. Na Daytona Motos tudo certo: relação da VStrom trocada, óleo da GS do Ilo completado; e, de cortesia, todas as 03 motos lavadas e com pneus calibrados. Nos livramos enfim daqueles milhares de insetos impregnados nas bolhas e radiadores. 

Saímos de Foz depois das 17h com intuito de rodar até onde desse, parando quando caísse a noite. Como nessa época (e no horário de verão) escurece bem mais tarde, rodamos 318km até Campo Mourão/PR, parando uma única vez para comer e abastecer.

Ficamos no mesmo hotel da ida, Campo Palace, que apesar de ter aumentado os preços na virada do ano manteve pros 'clientes antigos' o mesmo valor de antes para o quarto triplo (R$150,00). Jantamos e tomamos uns chopes também no mesmo restaurante do segundo dia de viagem, mas desta vez as asinhas de frango recheadas que causaram distúrbio intestinal no Marcinho não estavam no nosso cardápio...rs    


Visual do Rio Paraná sob a Ponte da Amizade

Ponte da Amizade: Ciudad del Este ao fundo 

Olha o naipe das motocas cheias de muamba. Minha GS parecia um camelo: voltei no meio de duas corcovas...rs



Nós e o pessoal atencioso da Daytona Motos em Foz do Iguaçu 

Campos de soja no Paraná. A perder de vista.

Mesmo hotel e restaurante em Campo Mourão. Nessa altura a gente só queria chegar logo em casa...rs
  

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